12 de junho de 2011

Lembrança, Fim...

Tudo começou numa noite quente de verão, onde a tua existência até antes desconhecida passou a ser uma verdadeira importância para mim. Aconteceu da maneira mais inesperada, mas aconteceu. Nenhum dos dois pediu para que acontecesse mas no entanto aconteceu e ambos lidamos lindamente com isso. As conversas até ao amanhecer, as mensagens inesperadas com verdadeiros motivos para sorrir, os mistérios que pairavam, o interesse em ter algo que não se tinha, a vontade de estar juntos mesmo com a distância que nos separava, a vergonha que ambos tivemos na primeira vez em que nos encontramos, aqueles abraços fortes onde eu me sentia segura e de que agora sinto falta, as palavras de encorajamento, tudo isso era realmente belo e maravilhoso e hoje pergunto como é que tudo isso mudou? Como é que nós deixamos que isso acontecesse?
Sinto falta de falar contigo, saudades de estar contigo e de me sentir segura do teu lado, sinto aquele aperto no coração sempre que alguém me fala de ti. Sempre que toca o telemóvel tenho um friozinho no estômago e uma enorme esperança que sejas tu, sempre que falo de ti, faço-o com um enorme carinho e sempre com uma lágrima no canto do olho que muitas vezes teima em cair.
Quero voltar a sentir o que em tempo senti, quero ter-te de volta como em tempos tive, quero que tudo volte a ser ainda melhor do que antes, quero voltar a mudar a nossa história.
Lembro-me como se ainda fosse hoje, parte do que me dizias e que parecia ser realmente sincero e verdadeiramente sentido. Também ainda consta nas minhas memórias mais recentes tudo aquilo que me prometeste, tal como, que nunca te ias separar de mim, que nunca me ias deixar e que nunca me deixarias caminhar sozinha. E tudo hoje é diferente, está diferente. E é com imensas saudades e com muita dor, que me faço recordar de tudo isto.
Deste brilho aos meus olhos como à muito tempo eles já não tinham, e foste tu que voltaste a tira-lo. Contigo voltei a sentir-me desejada como mulher e como pessoa. Contigo aprendi uma imensidão de coisas que já me tinha esquecido que as sabia. Tu deste me força em momentos em que me sentia sem elas. Tu foste paz em tempo de guerra. Foste tudo e agora nem sei realmente quem és para mim. Mudaste tanto que eu já não reconheço aquele por o qual eu me apaixonei e amei durante todo este tempo.
Essta tua frieza, este teu silêncio repentino está a matar-me por dentro, está a destruir-me, porque mesmo nunca te tendo dito que te amava, esse sentimento sempre existiu, e aquilo que sinto não é uma mera paixão, mas sim um amor sincero.
Mas, agora tenho a necessidade de seguir em frente e de não voltar a parar, mesmo sabendo que no dia em que voltares eu estarei à tua espera. Hoje tomei a decisão de continuar sem ti. E é com as lágrimas a lavarem-me o rosto, que ponho fim a toda esta doe e angustia, que há semanas permanecem em mim. E tudo acaba da mesma maneira que começou, quem és tu?

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